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Cruzeiro de luxo revela uma Amazônia cheia de mordomias

Dica: TERRA


Já não é novidade que o brasileiro adotou o cruzeiro marítimo e suas atrações como um dos passeios favoritos no verão. Também não é novidade que muita gente encara o turismo na floresta amazônica como uma aventura com perrengues e riscos. Mas o que muitos ainda não sabem é que dá para juntar os dois e trocar os verdes mares do Atlântico pelas águas misteriosas da Amazônia. Tudo sem precisar bancar o Indiana Jones.

Ok, no meio da Amazônia o cruzeiro não tem aquele porte de transatlântico e as atrações não são nem baladas e muito menos cassinos. Na verdade, aqui o que interessa não está dentro do barco, mas sim ao redor. As verdadeiras atrações são o encontro com botos, as focagens de jacarés, a pesca de piranhas, os pratos feitos com ingredientes típicos da região... Aliás, quem ficaria apenas dentro do barco depois que a Amazônia foi colocada na lista provisória das sete maravilhas naturais do mundo?

Nas tranquilas águas da maior bacia fluvial do mundo, as correntezas são mínimas assim como os enjoos. Logo, é fácil esquecer que se está a bordo de um barco. Para evitar isso, é só abrir as cortinas do quarto e se deparar com um horizonte de águas negras delineadas por uma imensidão de mata verde. Vez ou outra, botos pulam próximo ao navio e aves podem ser vistas e ouvidas.

Tão tranquilo quanto as águas são os passeios para conhecer a Amazônia. Não espere adrenalina e nem grandes aventuras. A ideia dos cruzeiros é o contrário: você está no meio da selva, mas pode pedir uma caipirinha. Para a turista Elizabete Antunes, foi a oportunidade perfeita de conhecer a floresta sem perrengues. "Queríamos descansar nas férias e gostamos da oportunidade de navegar pelos rios, conhecer a fauna e a flora sem abrir mão do conforto", explica.

O navio Grand Amazon é a principal opção de cruzeiro na região e pertence à rede internacional de hotéis Iberostar. Com capacidade para 150 passageiros, o cruzeiro parte de Manaus com opções de passeios pelo rio Negro (saída às segundas-feiras) ou pelo Solimões (saídas às sextas). São cerca de cem quilômetros percorridos na viagem, com direito a dois ou três passeios por dia e mordomias como ar condicionado, piscina, academia, cabines com varanda e serviços de hotel de luxo.

Tanta facilidade atrai principalmente viajantes estrangeiros, que representam metade da ocupação do Grand Amazon. "A ideia aqui é que o turista tenha um barco com conforto e segurança para conhecer a Amazônia sem precisar ser num mochilão", explica Winfried August Staber, vice-diretor do navio.

Entre botos, jacarés e piranhas

Ao ar livre e longe do ar condicionado, a temperatura média da região gira em torno dos 33o durante todo o ano. Ou seja, não espere tempo fresco para encarar os passeios. Em compensação, nenhum deles exige demais dos passageiros, com duração máxima de três horas. "Passeios com mais de três horas podem cansar as pessoas, não tem banheiro para ir. É o suficiente. Já tivemos até um passageiro de 96 anos que fez todos os passeios", afirma Staber.

Algumas paradas são obrigatórias, como o encontro das águas - o famoso lugar onde os rios Negro e Solimões recusam-se a misturar-se e formam um belo espetáculo milimetricamente dividido entre águas escuras e barrentas.

Os botos podem ser vistos durante o dia. No Grand Amazon, uma das paradas no roteiro pelo rio Negro inclui um encontro bem próximo com os botos cor-de-rosa no qual é permitido tocá-los. À noite, os jacarés estão à espreita de presas e surgem aos montes para quem participa da focagem noturna. Se tiver sorte, um dos monitores captura o réptil e o imobiliza para apresentá-lo aos turistas.

Outra coisa que surge em proporção amazônica são as piranhas. Em uma hora de pesca até quem não tem prática consegue fisgar algumas dessas dentuças (depois, todos são devolvidas à água).

Se a ideia é sair em busca de macacos, bichos-preguiça e aves, o ideal é viajar durante a cheia que ocorre entre maio e julho. A paisagem muda radicalmente nesta época e os rios ficam em geral dez metros mais altos. Tal mudança cria os igapós, pedaços de terra alagadas com a água na altura das copas das árvores o que permite aos barcos entrar no meio da selva em busca de animais.

Entre um passeio e outro, os turistas assistem a palestras que explicam didaticamente a vida na Amazônia. A cada dia um tema, como a culinária da região, os tipos de peixes, as tribos indígenas e até uma aula sobre como funciona o ecossistema da maior floresta tropical do mundo.

Há ainda uma palestra sobre o modo de vida da população ribeirinha. Mas, melhor do que a explicação, apenas a visita à casa de palafita de um caboclo ribeirinho. Esse passeio é realizado no cruzeiro e, além de poder conversar com um típico habitante que vive praticamente no meio da selva, pode-se ver as árvores de açaí, de cupuaçu, a famosa seringueira e o preparo caseiro da farinha de mandioca.

Uma pitada de Amazônia

Procurados por chefs do mundo inteiro, os ingredientes amazônicos são tão exóticos quanto a floresta ao redor. O carro-chefe são os pescados de água doce, como o tucunaré, o tambaqui e o pirarucu. Este último é conhecido como "o bacalhau da Amazônia", com sua carne branca e extremamente macia.

Experimentar as frutas da região também é tarefa obrigatória para quem visita a selva. No cruzeiro, é possível deliciar-se com o doce de cupuaçu, o suco de açaí e a pitomba. Apenas não se esqueça de adoçar o açaí, já que, na Amazônia, a fruta não é servida com o xarope de guaraná tão utilizado no Sudeste para fazer o creme de açaí na tigela. Entre as várias mordomias de um cruzeiro de luxo que vai rio adentro de uma selva inóspita, essa talvez seja uma dica valiosa.

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